quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Vigilante ou Guarda Municipal?

Lei que transforma vigilantes em guardas gera protestos

A revogação da Lei Municipal 548/2011 está tirando o sono dos guardas municipais de Propriá. É que a lei transformou vigilantes em guardas municipais, porém, o prefeito José Américo quer deixar tudo como era antes, ou seja, os guardas devem voltar a ser vigilantes.

A denúncia foi realizada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Propriá, Wagner Carvalho, ao Jornal do Dia. Ele não está respeitando a Lei Municipal 548/2011 criada e sancionada por ele mesmo, que transforma em guardas municipais 50 vigilantes e a situação tem gerado constrangimento junto à categoria, relata o sindicalista.

Toda a problemática iniciou quando o prefeito da cidade resolveu transformar 21 dos 50 vigilantes em guardas municipais, fato não aceito pela categoria, nem pelo sindicato. Fomos contra e conseguimos tirar o projeto da Câmara de Vereadores, conta Wagner. Depois disso, o prefeito refez a lei e a alteração passou a contemplar todos os vigias. Dessa forma, os vereadores da cidade aprovaram a lei. Agora, o prefeito quer alterar a lei de novo, tirando os direitos dos guardas municipais e transformando-os novamente em vigilantes. Por sorte, os vereadores arquivaram a solicitação, porém, Américo disse que vai à justiça conseguir o que deseja, desabafa Carvalho.

Salário - Como a lei tinha validade imediata, os guardas já deveriam receber o novo salário no final de outubro, mas não foi o que aconteceu, pois o pagamento foi exatamente igual ao que era recebido quando os servidores ainda eram vigias. Um vigilante tem salário de R$ 600,20 e um guarda R$ 560, a diferença é que somado ao salário de guarda, está 30% de periculosidade e adicional noturno, o que elevava o salário para R$ 750, além disso, um guarda tem acréscimo de 10% a cada três anos no salário base, diferente dos vigias, que tem apenas 3% a cada cinco anos. Acredito que a folha de pagamento sofreu um impacto e isso deve estar fazendo o prefeito querer voltar atrás, mas esse é um ponto que deveria ter sido pensado antes dele ter proposto a alteração de cargos, diz o presidente do sindicato, Wagner.

Cândida Oliveira
candidaoliveira@jornaldodiase.com.br

Fonte: Jornal do Dia - Sergipe - Aracaju/SE

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Segurança clandestina

Profissionais da segurança alertam contra serviços irregulares de vigilância
  Há alguns anos, era comum famílias inteiras dormirem sob o som de apitos dos vigias de rua.

Contratados pela comunidade para realizar a “ronda” na madrugada, marcavam presença durante a noite com apitos e assovios. Hoje, a profissão é considerada irregular pela Polícia Federal, que só admite o serviço profissional capacitado. Em Bagé, esses cursos e capacitações são organizados pela Associação de Inativos da Brigada Militar e as aulas ministradas pelo Centro de Formação de Vigilantes - GAT, de Santa Maria.
Alberto Lopes, inativo da Brigada, conta que os vigias estão reduzidos a poucos locais na cidade, e atuam de forma irregular. Ele traça um perfil, afirmando que geralmente são trabalhadores informais, que oferecem a prestação de serviço de segurança na comunidade, sem contar com instruções para exercer a função.
Segundo ele, a alternativa para quem quer contar com proteção extra, é a contratação de vigilantes nas empresas especializadas. Todos os profissionais dessa categoria passam por uma capacitação de 160 horas, onde aprendem, além de defesa pessoal, formas de abordagem em situações de crise, instruções de tiro, além de noções de direito. Além disso, as instruções são renovadas a cada dois anos, juntamente com a Carteira Nacional do Vigilante (CNV), exigida pela Polícia Federal para atuação na área.

Os riscos
Lopes afirma que a contratação de um profissional sem qualificação pode acarretar em riscos para os contratantes. “Eles atuam de forma irregular. As famílias não sabem quem estão contratando, já que eles agem de forma individual, não têm representação nem conhecimentos específicos da área. São informais”, explicou.
Franque Bittencourt, diretor de uma empresa de segurança privada da cidade, é categórico ao afirmar que os profissionais disponibilizados pela empresa no mercado são todos capacitados e possuem a CNV. Ele conta que os vigilantes, além de receberem as instruções teóricas e práticas, ainda passam por avaliação psicológica e têm seus nomes consultados na Polícia Federal, Polícia Civil e Brigada Militar, para reconhecimento de infrações cometidas anteriormente. “A área de segurança privada está muito melhor ultimamente, com a rigorosa atuação da Polícia Federal em cima das empresas e profissionais irregulares. Hoje, as pessoas que contratam o serviço podem contar com qualificação”, afirmou.
   Fonte: Jornal Minuano - Bagé/RS